Destaques
Editora Rede Unida lança edital para submissão de manuscritos
O livro será formado por produções autorais com resultado de pesquisas teóricas ou empíricas, com relatos de experiência, ensaios e/ou análises de projetos de intervenção na área da formação profissional técnica ou de graduação na saúde.
Os critérios de submissão ao processo avaliativo por pares são: tratar-se de iniciativas que envolvam o ensino profissional técnico ou de graduação e práticas colaborativas em serviços, considerar a integração da formação de mais de duas profissões e ter como foco da análise/descrição de experiência o caráter interprofissional da formação e das práticas.
O processo será regido pelas disposições do Edital n. 03/2017 e pelas normas editoriais da Editora REDE UNIDA.
A iniciativa envolve a articulação entre a REDE UNIDA, o Departamento de Gestão da Educação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde (DGES) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
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Planejar e Dimensionar a Força de Trabalho: início da formação para encarar o desafio
Este momento presencial faz parte do projeto “Desenvolvimento de Metodologia de Planejamento e Dimensionamento da Força de Trabalho nos Serviços Pré-Hospitalares Fixos e Hospitalares de Urgência”, objeto de colaboração técnica entre a Rede Unida e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), fruto da demanda do Ministério da Saúde, através do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (DGERTS), da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).
A iniciativa busca contribuir para a melhoria e fortalecimento do Sistema Único de Saúde por meio do oferecimento de um instrumento de gestão do trabalho capaz de auxiliar no planejamento da força de trabalho da rede de urgência e emergência de todo o país.
A formação iniciada nesta semana trata-se de uma proposta de formação-intervenção-avaliação, na qual os estados participantes terão a oportunidade de eleger componentes da sua rede de urgência e emergência para realizar um diagnóstico, planejamento e dimensionamento da força de trabalho, validando os materiais e instrumentos produzidos pela equipe do projeto, de forma que, ao final do curso, as ferramentas desenvolvidas colaborativamente possam ser disponiblizadas abertamente para todos os gestores e trabalhadores do SUS.
Estiveram presentes na abertura do primeiro dia do curso: o Secretário da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Rogério Luiz Zeraik Abdalla, para o qual “o dimensionamento é um desafio da gestão”. Haroldo Pontes esteve representando o CONASS, Márcia Pinheiro o CONASEMS, Marcelo Pedra Machado o Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Júlia de Albuquerque Pacheco o Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Mônica Padilla a Organização Pan-Americana da Saúde, além de trabalhadores das áreas de Atenção Básica, Urgências, Gestão Hospitalar e Gestão do Trabalho, dos estados participantes do Curso: Ceará, Paraná, Amazonas, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
O planejamento e o dimensionamento da força de trabalho no SUS ainda são um desafio, visto que gestores e técnicos, na maioria das vezes, tem pouco contato com metodologias que indiquem a força de trabalhado necessária para a contratação e fixação de trabalhadores de forma a atender as necessidades reais do usuário do sistema. Por isso, esta formação busca tessituras entre educação, saúde e sociedade a partir da Educação Permanente, integrar as equipes multiprofissional de trabalhadores capazes de realizar leituras de cenário, identificar problemas e propor soluções no cotidiano de sua prática profissional. Garantindo que os produtos extrapolem o planejamento e dimensionamento da força de trabalho, e sejam estratégias de desenvolvimento de expertise que contribuam com a consolidação do processo e a qualificação da gestão do trabalho nos territórios e redes de atenção do SUS. Pretende-se que os alunos participantes constituam-se em orientadores e disseminadores locais de um planejamento da força de trabalho a partir das necessidades dos usuários e que possam contribuir para o desenvolvimento futuro da construção de redes de urgências e emergências, que garantam acesso e qualidade, portanto, redes cuidadoras.
O projeto de desenvolvimentos de metodologias, do qual a formação é umas das etapas, é coordenado pela Profa. Dra. Lisiane Boer Possa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, integrante da Rede Unida, e conta com uma equipe de pesquisadores e trabalhadores do SUS. A formação ocorrerá até setembro, tendo uma carga horária de 180 horas, destas 48 presenciais e 132 realizadas em Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o apoio de tutores.
O encerramento da formação contará com um evento presencial, também em Brasília, no qual os estados formados apresentarão as análises de rede, os serviços escolhidos para compor o escopo do projeto e seus dimensionamentos, além de coletivamente validar-se a versão final dos materiais didáticos e das ferramentas de apoio.
Seguimos acompanhando este processo!
Pelo cuidado em liberdade e contra políticas higienistas
O município de São Paulo é permanentemente marcado pela violência institucional dos detentores de poder político e econômico contra o povo. Enquanto mantemos a expectativa de que autoridades governamentais acolham e assistam a todas e a todos, respeitando a diversidade, a complexidade e o conjunto de necessidades que apresentem, bem como as múltiplas formas de manifestá-las em nossa sociedade, seria omissivo e irresponsável não reconhecer o papel perverso que os poderes Estadual e Municipal protagonizam agredindo vidas humanas e territórios, acumulando persistente repertório de violências contra o direito e a dignidade humanos e o cuidado em saúde.
Na qualidade de organizações e movimentos historicamente articulados em defesa da saúde como direito garantido a todos, oferecida por meio de um Sistema universal, integral, equitativo, público e gratuito, repudiamos a ação desferida contra as usuárias e os usuários do território paulistano conhecido por “Cracolândia” nas primeiras horas da manhã do domingo, 21 de maio de 2017, assim como repudiamos o projeto político, técnico e assistencial anunciado em conjunto por aqueles poderes, representando um enorme retrocesso no cuidado pela saúde mental de nossa população e no acolhimento daquelas e daqueles que convivem com o uso de substâncias psicoativas.
O emprego de verdadeiro poder brutal, por meio de ação repressiva deformada, está orientado no estigma e na caricatura vulgar do que é a usuária e o usuário, conforme revelam declarações à imprensa concedidas pelo Prefeito Municipal João Dória. Suas ações não atendem às necessidades, aos dramas sociais e sanitários em que tantas vidas humanas encontram-se imersas, dialogando apenas com interesses de quem deseja controlar corpos e mentes, contendo-os, quer seja biologicamente, através de internações involuntárias e compulsórias, quer seja politicamente, impedindo que se disponham livre e autonomamente pelo território, criando e produzindo suas intervenções.
Trata-se de indisfarçável projeto higienista, destinado a uma população predominantemente pobre e preta. A mesma população que é morta nas favelas e nas comunidades periféricas e que não encontra um lugar para existir dignamente, sendo vulnerabilzada, repetidamente violada e reprimida. Uma política efetiva de uso de drogas e redução de danos será sempre uma política que enfrenta o racismo estrutural e possibilita oportunidades de reinserção social. Neste sentido, tanto o Prefeito Municipal João Dória, quanto o Governador Estadual Geraldo Alckmin escancaram o projeto com que estão compromissados, buscando lucrar com o higienismo e favorecer empresários e especuladores em detrimento da vida humana.
Enquanto as melhores evidências para o cuidado destas usuárias e destes usuários são opostas à violência manicomial e intervencionista das políticas de saúde pretendidas por estes governantes, as evidências e o acúmulo político dos principais Sistemas Universais, igualmente, cada vez mais rechaçam programas que não dialoguem com a experiência humana e empreguem apenas a racionalidade biomédica para propor assistência ao sofrimento e às condições humanas.
Permaneceremos ao lado da dignidade da vida humana, sobretudo daquela fragilizada e oprimida, formulando um projeto despenalizador e emancipador de cuidado, por meio do qual experiências corporais não sejam objeto de ações repressivas e disciplinadoras, antes sejam forma de problematizar a própria política e sua aplicação sobre os territórios.
Centro Brasileiro de Estudos da Saúde
Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares.
Instituto Silva Lane.
Movimento Nacional de Direitos Humanos.
Federação Nacional de Psicólogos.
ONG Sã Consciência.
Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo.
Sindicato de Psicólogos de São Paulo.
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo
Sindicato dos Psicólogos do Rio de Janeiro
Sindicato dos Psicólogos da Paraíba
Fórum da Formação para a Saúde – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Associação Brasileira de Psicologia Social – Núcleo Grande ABC
Associação Brasileira de Psicologia
Coletivo Gaúcho de Residentes em Psicologia
Movimento OCUPASUS do Rio de Janeiro
Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional – ABRAPEE
Laboratório Interinstitucional de Estudos e Pesquisas em Psicologia Escolar da Universidade de São Paulo – LIEPPE USP
Stellamaris Pinheiro – militante de direitos humanos e humanização
Associação Brasileira de Economia da Saúde – ABrES
Associação Paulista de Saúde Pública – APSP
ONG É de Lei
Associação Brasileira da Rede Unida
Fórum Popular de Mulheres do Paraná
União Latino-Americana de Entidades de Psicologia – ULAPSI
Rede Sem Fronteiras de Teatro da/o Oprimida/o
Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade – Núcleo Metropolitano
Associação Brasileira de Saúde Bucal Coletiva – ABRASBUCO
Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores – CUT.
Levante Popular da Juventude – célula de Saúde
Centro Acadêmico Emílio Ribas – Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Eleonora Menicucci – ex-Ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
Juliana Cardoso – vereadora de São Paulo (PT)
Conceição Lemes – jornalista
Pedro Paulo Freire Piani – Centro de Referência em Álcool e Drogas II da Universidade Federal do Pará
Rita Louzada – Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Ana Cleide Guedes Moreira – Universidade Federal do Pará / Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Ângela Soligo – Universidade Estadual de Campinas
Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da Universidade Federal de Minas Gerais
Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde
Foto: EDUARDO OGATA/SECOM
Rede Unida se une às instituições de saúde pública em ato Fora Temer e Eleições Diretas e Gerais
Editora Rede Unida lança três livros
Os resultados das pesquisas desenvolvidas em municípios do Amazonas, formam os capítulos dos livros. “Nós acompanhamos e analisamos várias mulheres, usuárias da rede de Saúde, buscando o cuidado pessoal, no período de gravidez, e acompanhamos parteiras, analisando os seus modos de cuidar das mulheres em período de gestação”, diz a pesquisadora e uma das autoras dos capítulos, Ângela Carla Schiffler.
A pesquisa foi coordenada nacionalmente pelo Dr. Emerson Merhy, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas teve o envolvimento dos grupos locais em Estados e municípios. No Amazonas, foi formado um grupo de pesquisadores da Rede de Avaliação Compartilhada (RAC), que pesquisou três cenários: Estratégia da Saúde da Família em Manaus, Unidade Básica de Saúde Fluvial, no município de Borba, e as parteiras do município de Manaus e de Itacoatiara.
Durante o evento, todos os participantes da pesquisa falaram de suas experiências ao longo dos trabalhos e agradeceram às pessoas que colaboraram com as atividades. “A pesquisa avalia quem pede, isto é, o gestor; quem faz, ou seja, o profissional e quem usa, isto é, o usuário. Então, essas pessoas possuem uma perspectiva distinta e temos de olhar os três”, diz Schiffler.
Entre os convidados, estava a agente de saúde, parteira e moradora da comunidade Vila de Lindoia, em Itacoatiara (176 quilômetros de Manaus), Nazaré Amaral, que contribuiu para o trabalho dos pesquisadores. “Ser parteira é um dom e queremos que o trabalho das parteiras seja divulgado, conhecido por outras pessoas. Nós ajudamos a trazer vidas ao mundo e contribuímos para a saúde da mulher”, concluiu.
Os livros intitulados “Avaliação Compartilhada do cuidado em saúde: surpreendendo o instituído nas redes”, volumes 1 e 2, estão disponíveis na Biblioteca Digital da Editora da Rede Unida.
Acesse:
Volume 1: http://www.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital/colecao-micropolitica-do-trabalho-e-o-cuidado-em-saude/politicas-e-cuidados-em-saude-livro-1-avaliacao-compartilhada-do-cuidado-em-saude-surpreendendo-o-instituido-nas-redes
Volume 2: http://www.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital/colecao-micropolitica-do-trabalho-e-o-cuidado-em-saude/politicas-e-cuidados-em-saude-livro-2-avaliacao-compartilhada-do-cuidado-em-saude-surpreendendo-o-instituido-nas-redes