Por uma questão de puro afeto, antes de produzir meu diálogo com o material, quero só declarar: viva, Tatiana!!! Isso, Tatiana viva nesse livro. Seu corpo sem órgãos aqui está de um modo belo e provocador. Sei que outros aí estão como autores de toda a produção, mas Tatiana .... sim faz falta pelo o que em potência teria como um de-vir. A força desse que aqui está é em si muito significativo nesse momento que vivemos, na sociedade brasileira. Um clima conservador em relação a multiplicidade do modo de viver por parte de uma grande multidão de brasileiros e brasileiras, que tem no preconceito contra a diferença do outro buscado agires fascistas anti-vida, imaginando-se consagrando modos de vidas normais. Vir com essa produção de conhecimento, nesse livro, traz a ousadia de enfrentar, como resistência afirmativa, exatamente isso: furar as práticas e estratégia que produzem da diferença desigualdade, afirmando os muitos repertórios da multiplicidade dos viveres em nós, todos os seres em produção. Isso nos inscreve no cotidiano do nosso agir como militantes antifascistas radicais, pois qualquer vida vale a pena para nós que queremos o que Tatiana sempre quis e lutou até o último minuto de si. Obrigado Tati por essa oportunidade de conversar contigo. Trechos retirados da apresentação feita por Emerson Elias Merhy. |