A obra descreve o trágico como modo de abraçar a vida integralmente, em sua multiplicidade, em sua diversidade, em suas inumeráveis ofertas de bons encontros, mas também de maus encontros, de alegrias, mas também de tristezas, de apogeus e de quedas, com seus começos, muitas vezes belos, mas também com seus finais, muitas vezes difíceis. Assumindo suas dores, e todo o lado sombrio que possa haver, como parte que não pode ser amputada da aventura de existir, sem que isto a deixe mutilada e menor. O trágico fala, portanto, de uma aceitação de todas as dimensões da vida, mas, de forma alguma, de uma aceitação passiva, de resignação bem comportada. |