Eduardo se encontra diante de suas próprias práticas de governo e formas de exercício de poder. Neste sentido, seu trabalho dá continuidade a uma conversa crucial para quem, como nós, se implica na defesa do SUS e na defesa da vida. Mas sua análise, suas questões, os dilemas que examina tem a marca de sua geração e de seu tempo, renovada por um vocabulário e por aportes teóricos e conceituais distintos, situada num outro momento da trajetória do SUS. Neste sentido, ele renova o vocabulário e nos convida a revisitar todo o conjunto mais amplo de práticas de governo deste movimento que logrou instituir um SUS. Tarefa particularmente urgente nesses tempos nos quais todo o legado deste movimento, que une Hésio, Reinaldo, Fiori, Gastão, Emerson, Eduardo e tantos outros de nós, está a sofrer o impacto das bombas que visam demoli-lo. Penso que a leitura desse livro se torna ferramenta para as novas viagens que teremos que fazer.
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