Notícia
Entrevista Roseni Sena
https://youtu.be/ZuzOwG4LNfc Parte 1
https://youtu.be/kRwwlZcdmS8 Parte 2
https://youtu.be/tJJGei1ibYA Parte 3
Alunos fazem vivência do VER-SUS em Parintins
Onze alunos e um facilitador dos cursos de fisioterapia, serviço social, direito, medicina e enfermagem fazem parte de um grupo que participará, de 14 a 23 de outubro, do Projeto de Vivência e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS Brasil), em Parintins, no Amazonas.
Com o objetivo de proporcionar o diálogo com a gestão, o controle social, os serviços de saúde e com a cultura local, os integrantes do grupo estarão imersos em atividades que envolvem visitas à rede de atenção a saúde do município, além de promover discussões cotidianas, referentes às vivências e debates a cerca do Sistema Único de Saúde e formação para o trabalho no SUS.
Segundo a coordenadora da Comissão do Baixo Amazonas, Elaine Pires Soares, nesta edição os participantes irão inclusive visitar uma área indígena, uma vez que o VER-SUS tem como proposta à ampliação do debate sobre a importância da participação popular, sobretudo de localidades do interior, na construção de políticas públicas voltadas para a saúde.
Nesta edição, o estado do Amazonas contou com duas vivências. A primeira ocorreu de 13 a 20/08 e proporcionou a imersão para 96 estudantes, distribuídos em 12 municípios. Já em Parintins, contará com a participação de 11 estudantes, entre os dias 14 e 23/10. A vivência no Amazonas iniciou suas propostas de imersão no cotidiano do SUS em 13 de agosto de 2016, encerrando com a vivência em Parintins. O VER-SUS está acontecendo em todo território nacional desde julho e tem previsão de encerramento em dezembro, proporcionando aos estudantes novas experiências e aprendizados compartilhados.
O Projeto VER-SUS possui uma metodologia de diálogo baseada na roda de conversa e visitas in loco das atividades realizadas no território, bem como prevê espaços de reflexão e discussão das experiências dos grupos ao longo destes sete dias.
Para participar do VER-SUS não é necessário ser estudante da área da saúde, basta ser estudante universitário, de nível técnico e residente interessado sobre a realidade do atual SUS. Acesse http://versus.otics.org e tenha mais informações sobre o Projeto.
O VER-SUS é um projeto da Rede Unida com apoio do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS.
Editora Rede UNIDA possui livros e revistas para download gratuito
Criada para ampliar e estimular as publicações na área da Saúde Coletiva, buscando apoiar o ensino, a pesquisa e a extensão, a Editora Rede UNIDA, tem como princípio disponibilizar gratuitamente obras digitais em PDF para download..
Um total de 58 livros, que abordam temas sobre saúde, educação, arte popular, cultura, poesia, Amazônia, economia, entre outros temas, podem ser baixados na Biblioteca Digital da Editora para computadores, tablets e smartphones.
Além de livros, também estão disponíveis as edições atuais e anteriores das Revistas Saúde em Redes e Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia.
Aos autores interessados em submeter seus trabalhos, a Editora Rede UNIDA está recebendo os manuscritos por meio do endereço http://www.redeunida.org.br/editora/submissao-de-manuscritos.
De acordo com o Coordenador da Editora Rede UNIDA, Alcindo Ferla, o processo editorial inclui a avaliação entre pares dos manuscritos submetidos e das coletâneas publicadas pela Editora. “A avaliação de pares e do mérito científico, acadêmico e de relevância social das publicações são critérios que a comissão da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] atribui para a classificação das editoras dos livros”, explicou Ferla.
Com obras inéditas, a Editora tem o projeto permanente de recuperar importantes títulos, que não mais estavam à disposição do público, seguindo assim os princípios da Associação Brasileira da Rede UNIDA, que nasce do interesse em promover e ampliar o campo da investigação científica na busca de um repensar sobre a formação dos profissionais e serviços de saúde.
O endereço para acessar a Biblioteca Digital, Repositório e Revistas é http://www.redeunida.org.br/editora.
Rede Unida contra PEC 241
A Rede Unida vem a público manifestar sua posição contrária à Proposta de Emenda Constitucional nº 241 de 2016, encaminhada pelo Governo Temer ao Congresso Nacional e alertar a sociedade sobre os riscos dessa medida.
Concordamos com o Conselho Nacional de Saúde de que a PEC representa um grave retrocesso para os direitos sociais inscritos na Constituição Federal de 1988. O congelamento por 20 anos dos recursos federais, aplicados na chamada área social (saúde, educação, assistência social, segurança, cultura etc.), representa na verdade a redução progressiva do valor destinado a cada habitante.
Na educação, por exemplo, isso equivale a abrir mão do futuro do Brasil deixando de investir num dos principais fatores que poderiam alavancar o desenvolvimento econômico e social do país.
Na saúde representará o desmonte do SUS e a revogação prática da saúde como direito de todos e dever do Estado. Os gastos em saúde elevam acima da inflação porque, além da população aumentar, o envelhecimento da população, o aumento de doenças crônicas e degenerativas e a inovação tecnológica, no mundo inteiro, exigem investimentos acima da inflação. Além disso, o SUS ainda não garante cobertura a 100% da população na atenção básica, para as urgências, para o acesso a medicamentos, atenção especializada etc.
Sabidamente subfinanciado e com um gasto público per capita abaixo do padrão internacional, congelar a situação atual é agravar progressivamente a crise até que ela fique insustentável. Se a regra da PEC 241 viesse sendo aplicada nos últimos 10 anos, o SUS hoje seria a metade do que é.
O governo, tentando justificar a PEC, esconde os números e a diferença entre a dívida pública federal bruta e líquida, buscado fazer a situação parecer mais grave do que realmente é; esconde que o maior gasto do orçamento é justamente para o pagamento de juros que são definidos pelo próprio governo; esconde as diversas soluções que poderiam melhorar a arrecadação e equilíbrio do país via uma tributação mais justa na qual que tem pouco paga menos e quem tem mais paga mais; esconde que o que é chamado de “reequilíbrio das contas” é, na verdade, comprometer os recursos sociais necessários à saúde, educação segurança de 100% da população em benefício do pagamento de juros abusivos aos menos de 1% mais ricos de nossa população.
Por tudo isso, nos somamos ao Conselho Nacional de Saúde, conselhos de gestores municipais da saúde, educação e assistência social, organizações e movimento sociais, entidades científicas da saúde e educação etc. contra a PEC 241 que, de fato, não poderia ter recebido nome mais adequado quando chamada de PEC da morte.
Associação Brasileira da Rede Unida
Porto Alegre, outubro de 2016
Coordenação Nacional da Rede Unida realiza reunião de planejamento do 13º Congresso Internacional da Rede
Pesquisadores, gestores, professores, movimentos sócias e alunos das áreas da saúde, educação e da cultura, juntamente com os membros da coordenação nacional da Rede Unida, participaram, nesta terça-feira (04), na sede da Fiocruz/Amazônia, da reunião de planejamento do 13º Congresso Internacional da Rede Unida, que será realizado em 2018, em Manaus.
De acordo com o Coordenador Nacional da Rede Unida, Júlio César Schweickardt, o encontro teve como objetivo planejar e organizar o Congresso, além de mobilizar e conscientizar os participantes sobre a importância do evento para a Região Amazônica e a cidade de Manaus. O coordenador enfatiza que esta é a primeira vez que a região Norte vai sediar um Congresso Internacional da Rede Unida.
“Estaremos recebendo mais de 3.500 pessoas das regiões do Brasil e de outros países. O evento mobilizará profissionais, gestores e trabalhadores da saúde e da educação, além de movimentos sociais e pessoas do mundo da arte e da cultura”, destacou.
Editora Rede Unida lança novas publicações
Confira os últimos lançamentos da Editora Rede Unida!
1. Série Atenção Básico e Educação na Saúde - A Rua em Cena: Implantação de Projetos de Redução de Danos em Barbacena/MG – Orgs.: Marcelo Dalla Vecchia, Filippe Mello Lopes e Felipe Augusto Carbonário – Versão eletrônica
2. Revista Saúde em Redes – Edição abril.maio.junho 2016 – Versão eletrônica
3. Revista Abenfisio Vol. 2 nº 4 ano 2015 – Versão eletrônica
4. Série Atenção Básico e Educação na Saúde - O Pequeno Grupo como um Sistema Complexo: uma Estratégia Inovadora para Produção de Saúde na Atenção Básica. Org: Nedio Seminotti. – Versão eletrônica
5. Série Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em Saúde A PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: Os múltiplos olhares da Família, Saúde e Educação. Orgs. Jane de Carlos Santana Capelli, Maria Fernanda Larcher de Almeida, Inês Leoneza de Souza, Vivian de Oliveira Sousa Corrêa, Juliana Montani Raimundo, Uliana Pontes Vieira, Angélica Nakamura, Raquel Miguel Rodrigues e Flavia de Miranda Fernandes. – Versão eletrônica.
6. Série Vivências em Educação na Saúde: PERCURSOS INTERPROFISSIONAIS: formação em serviços no Programa Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde. Orgs: Lúcia da Rocha Uchôa-Figueiredo, Terezinha de Fátima Rodrigues, Ieda Maria Ávila Vargas Dias – Versão eletrônica
Acesse todas as publicações na nossa Biblioteca Digital:
www.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital
A Rede Unida lamenta o falecimento da professora Roseni Sena
Na manhã desta segunda-feira (26/09), faleceu a diretora-geral da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) e professora Roseni Rosângela de Sena. Há alguns meses, Roseni estava afastada das suas funções devido a um tratamento de saúde.
Roseni Senna era graduada em enfermagem pela UFMG, em 1977; especialista em Saúde Pública pela ESP-MG, em 1982; mestre em epidemiologia pela UFMG, em 1989, e doutora em enfermagem pela USP, em 1996.
Foi professora emérita da Escola de Enfermagem da UFMG; consultora da fundação Kellog, idealizadora e diretora de inclusão e cidadania do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, de 2009 a 2014. Desde 2015, era diretora geral da ESP-MG.
Foi uma das profissionais de enfermagem mais reconhecidas e premiadas da sua geração.
Todo o Sistema Estadual de Saúde lamenta a perda dessa profissional tão empenhada no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação permanente em saúde.
Estamos em luto.
Associação Brasileira da Rede Unida
A experiência do VER-SUS na cidade de São Paulo
O direito a cidade e defesa do SUS:
A experiência do VER-SUS na cidade de São Paulo
Por Gabriel Medina,
psicólogo e ativista, foi facilitador do VER-SUS 2016 na cidade de São Paulo
A cidade de São Paulo recebeu do dia 31 de julho a 08 de agosto o VER-SUS inverno, um projeto de vivência e estágio no Sistema Único de Saúde (SUS), que proporciona a estudantes, profissionais e representantes de movimentos sociais compartilhar, por alguns dias, olhares, saberes e conhecimentos a partir do contato direto com a realidade dos serviços, equipamentos e programas de saúde públicos.
Esta edição do VER-SUS foi bastante especial, seja pelo momento político em que vive o país com forte risco de interrupção por parte do Presidente interino do apoio que o governo federal dá ao próprio VER-SUS, seja pela proposta que recupera a origem de projetos de vivências em parceria com movimentos sociais, como era o EIV (estágio de vivência nos assentamentos do MST), fonte inspiradora desse projeto de extensão universitária realizado pelo movimento estudantil.
Nesta edição, a vivência não apenas visitou distintos equipamentos e serviços da saúde, como também dedicou parte da programação para conhecer a realidade de dois tipos de ocupação do movimento de moradia do município: uma em um prédio no centro de São Paulo da Frente de Lutas por Moradia e outra em um terreno localizado no extremo sul da cidade do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na busca de aproximar a saúde dos desafios encontrados nas cidades brasileiras.
Em que pese às muitas dificuldades experimentadas pelo SUS em garantir atenção integral à saúde com qualidade para todos, ficou evidente que a política urbana no Brasil apresenta dificuldades mais agudas na consolidação de uma política de Estado, preocupada com cidadãos e cidadãs e não com os interesses do mercado. Mesmo com o crescimento dos movimentos de moradia e urbano, estes não foram suficientemente fortes para resistir ao avanço da especulação imobiliária e da cidade vista como um negócio.
As grandes cidades no Brasil, sobretudo nos últimos 40 anos, produziram exclusão e segregação dos pobres, “higienizaram” áreas da cidade por meio do deslocamento das pessoas para a periferia, vêm submetendo importante parcela de sua população a uma vida com péssimas condições nas periferias e favelas, onde milhões de pessoas vivem em barracos minúsculos, sem ventilação, falta de luz solar, muitas vezes em áreas de risco e quase sempre em situação ilegal. As dificuldades são muitas: falta de água e esgoto tratado, acesso à creche, escola, espaços de lazer, transporte de qualidade e acesso à saúde pública.
Por todos esses elementos, não podemos falar de saúde de qualidade, sem pensar nas cidades, nas condições de vida da população e compreender que a luta do SUS caminha junto à luta contra a desigualdade social, a pobreza e em defesa de um novo modelo de cidade, preocupada com o seu povo e não com o lucro de especuladores e rentistas do setor imobiliário.
Entretanto, essa experiência também trouxe boas surpresas. Foi possível encontrar um SUS em reconstrução na cidade, uma gestão do Prefeito Fernando Haddad preocupado em reconectar o SUS com seus princípios fundantes, oriundos da luta pela Reforma Sanitária com forte presença na cidade de São Paulo no inicio dos anos 80. Como também, uma nova proposta de planejamento urbano, diversificada, moderna, orientada por um Plano Diretor que busca projetar uma cidade inclusiva e sustentável para os próximos 50 anos.
Obviamente, ainda existem problemas na atenção à saúde, uma rede sobrecarregada, demora em realizar determinados exames e cirurgias, falta de medicamentos, entre outros, mas nada comparado ao “caos” gerencial apresentado pela grande mídia, mas com o objetivo de atacar o SUS para que o sistema privado avance sobre o público.
Vale destacar os esforços empreendidos nesta gestão para que o SUS busque reafirmar princípios, tais como a universalidade, expandindo serviços e buscando assegurar o direito à saúde a todos, combinada à equidade, na medida em que se esforça para atender a públicos historicamente vulneráveis e com dificuldades de acesso ao sistema. Conhecer novos programas no centro de São Paulo, como o “Transcidadania”, o “Centro de Acolhida do Imigrante” e o “De Braços Abertos” é um respiro para todos que acreditam na capacidade do serviço público se reinventar e incluir socialmente usuários que sofrem com preconceito, violação de direitos e invisibilidade.
A boa parceria do SUS com as Secretarias de Direitos Humanos, Trabalho, Assistência, na busca da construção de uma rede de proteção e defesa da vida é animadora para construir uma visão integral do ser humano e convicção que apenas o trabalho em rede poderá trazer respostas para problemas graves e complexos.
Foi possível perceber as diferentes orientações de governos. Antes, na região da luz, usuários de crack eram “tratados” com bombas e repressão pela PM, em uma operação batizada de “sufoco”, cujos resultados foram uma tragédia. Hoje, o programa de braços abertos assegura trabalho, um local de moradia, tratamento no SUS e dignidade, para que usuários consigam construir outra possibilidade no presente e futuro.
O VER-SUS em São Paulo se mostrou um forte instrumento para sensibilizar estudantes, profissionais e ativistas para refletirem e atuarem no SUS, processo que colabora para que a Universidade pense em sua atuação para fora dos muros, formando profissionais críticos, capazes de responder às reais demandas da população.
Neste momento político que o Brasil vive que aponta para o desmonte das conquistas sociais da Constituição Federal de 1988, mais do que nunca é preciso defender os direitos sociais, humanos e a democracia. Por isso, a articulação da defesa do SUS com a luta por uma cidade inclusiva e humana é essencial para construir avanços civilizatórios para um Brasil de mais justiça e igualdade.
VER-SUS Brasil continua vivências de Norte a Sul
Ao todo, nos 5 estados, participam 175 viventes e 33 facilitadores, imersos em atividades que propõem a amplificação do debate sobre a importância da participação popular, sobretudo de localidades do interior, na construção de políticas públicas voltadas para a saúde. As atividades envolvem visitas às unidades de saúde, discussões, debates e rodas de conversa.
Fique ligado nas inscrições para vivências no seu estado e inscreva-se!
INSCRIÇÕES ABERTAS
Vale do São Francisco/CE-PE – Inscrição até 20/08.
Imperatriz/MA – Inscrição até 28/08.
Diamantina e Vale do Jequitinhonha/MG – Inscrição até 24/08.
Saiba mais sobre as vivências em processo!
LAGARTO/SE
A única vivência do estado de Sergipe, nesta edição, está ocorrendo no município de Lagarto, que vem se destacando na reorganização dos serviços de saúde, principalmente com a inauguração do campus da saúde da Universidade Federal de Sergipe, que tem a proposta de metodologia “Aprendizado baseado em problema” aplicado para todos os cursos, ampliando os espaços de construção coletiva entre os estudantes dos diferentes cursos ao longo da graduação.
A imersão iniciou em 12/08, terá duração de 8 dias, com a participação de 50 viventes e 12 facilitadores, todos estudantes de graduação na área da saúde e outros cursos. A proposta pedagógica de cada dia de vivência no SUS no município de Lagarto é articular uma visão ampla da política de saúde da população do interior e como se dá a participação popular da comunidade juntamente com a política, a partir da inserção nos serviços de saúde e das discussões emergentes nos demais espaços de troca do grupo.
AMAZONAS/AM
A vivência no estado iniciou em 13/08, com duração de 7 dias, e está ocorrendo em 13 municípios: Borba, Itacoatiara, Coari, Urucará, Caapiranga, Urucurituba, Manaus, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Manicoré, Caapiranga, Silves e Nova Olinda do Norte. O grupo é formado por 96 estudantes, sendo 83 viventes e 13 facilitadores. Esses municípios fazem parte de quatro regiões de saúde do Estado do Amazonas: Entorno de Manaus e Alto Rio Negro; Médio Amazonas; Rio Negro e Rio Solimões, Rio Madeira. Os municípios têm uma estrutura local de saúde organizada segundo a política nacional de saúde, com os principais Programas e Estratégias, sendo um espaço propício para a vivência dos alunos.
A vivência proporcionará diálogo com a gestão, o controle social, os serviços de saúde e com a cultura local. A metodologia de diálogo é baseada na roda de conversa e visitas in loco das atividades realizadas no território, bem como prevê espaços de reflexão e discussão das experiências dos grupos ao longo destes 7 dias.
SOBRAL/CE
Sobral é o único município a receber o VER-SUS no estado do Ceará na edição de inverno de 2016. O processo de construção da vivência e a metodologia do projeto foram de co-gestão, formado pelo o quadrilátero da saúde (Gestão, Educação, Atenção à Saúde e Controle Social) onde teve como diferencial, o protagonismo estudantil no processo de articulação dos setores da saúde para que este fosse realizado. Iniciada em 12 de agosto, a vivência de Sobral se estende até o dia 21 do mesmo mês e conta com 24 participantes: 20 viventes e 4 facilitadores.
ANGRA DOS REIS/RJ
Único município do Rio de Janeiro a receber o projeto nessa edição, o VER-SUS Angra dos Reis iniciou no último dia 14 com a presença de 12 participantes, sendo 10 viventes e 2 facilitadores, e finaliza no próximo dia 22. Durante esses 14 dias, haverá uma programação com visitas ao sistema de saúde local, além de conversas e discussões. Durante a vivência, os (as) participantes irão conhecer as unidades e serviços oferecidos aos (às) usuários (as) do SUS na rede pública municipal de Angra dos Reis, numa programação extensa que contempla todos os eixos da rede divididos no seguinte formato: Rede de Atenção Hospitalar, Rede de Atenção Básica, Rede de Pronto Atendimento, Rede de Atenção Secundária, Serviço de Vigilância em Saúde, Programas do Governo Federal, Participação Popular e Controle Social; e rodas de conversas e debates com temáticas relacionadas ao SUS e os movimentos sociais.
CAXIAS DO SUL/RS
O município de Caxias do Sul, localizado na serra gaúcha, tem recebido o VER-SUS em algumas edições desde 2004. Desde a última edição do projeto na região da Serra, novos cursos da área da saúde foram abertos em diferentes municípios da região por distintas Faculdades. Sendo assim, o VER-SUS buscou proporcionar ao estudante espaços de ensino-aprendizagem no SUS, aos quais muitos não têm acesso durante a graduação.
A edição do inverno de 2016 do VER-SUS Caxias do Sul ocorreu entre 08 e 14 de agosto, contando com a participação de 14 pessoas, sendo 12 viventes e 2 facilitadores. A programação contou com visitas às unidades de saúde, discussões, debates e rodas de conversa.
Com informações da Secretaria Executiva da Coordenação Nacional do Projeto VER-SUS Brasil
REDE se manifesta contra a proposta do MS de criação do chamado "plano de saúde acessível"
A SAÚDE É PARA TODOS: A FAVOR DO SUS UNIVERSAL E GRATUITO E CONTRA OS PLANOS PRECÁRIOS
O Ministério da Saúde instituiu no dia 5 de agosto/2016 Grupo de Trabalho para formular uma proposta de criação de “plano de saúde acessível”. Tais planos têm sofrido a crítica e resistência de amplos setores da sociedade por restringirem a cobertura e precarizarem o cuidado à saúde, deixando os usuários vulneráveis e desprotegidos.
Trata-se de um retrocesso ao que a própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) propõe como os procedimentos mínimos que cada plano é obrigado a garantir a seus beneficiários. O resultado seria um plano, possivelmente, com um custo um pouco menor, mas que não garantiria procedimentos de saúde essenciais num momento de necessidade da pessoa.
Assim, o objetivo dessa medida é garantir mais lucros e beneficiar os empresários de um setor que no último ano já movimentou 180 bilhões de reais.
Esta iniciativa surge após o governo interino apresentar a PEC 241/2016 e a Lei Orçamentária para 2017 que congelam os recursos da saúde para os próximos 20 anos, o que na prática vai reduzir o já insuficiente financiamento do SUS que resultará em fechamento de serviços, demissões de profissionais e perda de direitos conquistados.
Este ataque às políticas de proteção social tem a intenção de promover um sucateamento do Sistema Único de Saúde, reduzir sua capacidade de atendimento e qualidade, forçar as pessoas a contratarem planos precários e aponta para a ideia de “menos SUS e mais planos de saúde”. Na prática, as pessoas seriam obrigadas a pagar por serviços de que já dispõem gratuitamente no SUS. Com isto a população vai perdendo o que tem sido a maior política de inclusão social, conquistada no período pós redemocratização do país.
A Rede Unida defende radicalmente o direito universal e gratuito à saúde. Efetivar este princípio do SUS é parte da construção de um país pautado pela solidariedade, pela proteção social e pelo cuidado à sua população. Isto passa pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde, por meio de ações afirmativas da universalização do acesso, orientação da formação de profissionais da saúde implicada com o cuidado e práticas humanizadas, fortalecimento da participação social, entre outras.
É urgente lutar contra a PEC 241/2016, a LDO 2017 e a proposta de plano precários. Nos juntamos a todas e todos que lutam pelo SUS - como um sistema de saúde verdadeiramente universal, gratuito e em permanente melhoria para atender com qualidade as necessidades de saúde de nossa população - e contra os ataques sistemáticos que o direito à saúde vem sofrendo pelo atual governo provisório.
Agosto de 2016.
Rede Unida