História da Cidade
Antes da deriva continental, a área onde Fortaleza surgiu era contígua à da cidade de Lagos, na Nigéria. O atual litoral das duas cidades surgiu há 150 000 000 de anos, no Jurássico Superior. A evolução geológica provocou o surgimento de grandes dunas no litoral do Brasil. Estudos indicam que os primeiros seres humanos a habitarem esse território podem ter chegado por lá há cerca de 2.000 anos atrás. Até o ano 1.000, aproximadamente, a região era habitada pelos índios tapuias. Nessa época, os mesmos foram expulsos para o interior do continente pelos índios tupis procedentes da Amazônia. É um desses povos tupis o povo indígena mais identificado com o território de Fortaleza: o potiguara, povo de língua tupi retratado por José de Alencar em seu livro “Iracema”.
Antes da colonização portuguesa do Ceará, houve duas passagens de europeus pelo atual litoral de Fortaleza: os navegadores espanhóis Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe desembarcaram nas costas cearenses antes da viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500. Pinzón chegou a um cabo que se acredita ser o Mucuripe e Lepe desembarcou na barra do Rio Ceará, em Fortaleza. Tais descobertas não puderam ser oficializadas devido ao Tratado de Tordesilhas(1494).
O início da ocupação do território, onde hoje se encontra Fortaleza, data do ano de 1597/98, quando um ramo da etnia potyguara que habitava a região ao redor do Forte dos Reis Magos migrou e estabeleceu-se na região entre as margens do rio Cocó e rio Ceará, tendo ao fundo as serras de Pacatuba e Maranguape.
A partir de 1603, os portugueses começaram a colonização do Ceará. O português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens, ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa. Porém esta tentativa não vingou frutos devido à seca de 1605 e a "Nova Lisboa" de Pero Coelho foi abandonada. O português Martim Soares Moreno chegou em 1613, recuperando e ampliando o Fortim de São Tiago e rebatizando o novo forte como Fortim de São Sebastião. No ano de 1631, os holandeses tentaram tomar o Forte de São Sebastião, mas esta ação conjunta com os índios potyguara não deu certo. Em 1637, houve a tomada holandesa do forte de São Sebastião, um trabalho conjunto com os indígenas. Em 1644, o Forte São Sebastião foi destruído pelos indígenas. Os holandeses foram mortos ou expulsos.
Em 1649, uma nova expedição holandesa no Ceará, expedição antes negociada com os indígenas, construiu, às margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch. Começava, nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início o comandante holandês Matias Beck. Em 1654, com a retirada dos holandeses, o forte foi rebatizado de Forte de Nossa Senhora de Assunção. Em 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de vila. Em 1799, a Capitania do Ceará foi desmembrada da Capitania de Pernambuco e Fortaleza foi escolhida capital.
Nas décadas de 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que culminaram na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884. O movimento literário Padaria Espiritual, surgido em 1892, foi pioneiro na divulgação de ideias modernas na literatura no Brasil. Outras entidades da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras respectivamente fundadas em 1887 e 1894.
Ao final dos anos 1970, começou a despontar como um polo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Durante a abertura política após o Regime Militar, o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza, e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda. No final do século XX, as administrações dos prefeitos Juraci Magalhães e Antônio Cambraiarealizaram, na cidade, diversas mudanças estruturais, com a abertura de várias avenidas, uma grande reforma no hospital de primeiros socorros,Instituto Doutor José Frota, a construção do Novo Mercado Central de Fortaleza, a Ponte sobre o Rio Ceará, ligando a capital ao vizinho município de Caucaia e ao litoral oeste do Estado, novos espaços culturais e despontou como um dos principais destinos turísticos do Nordeste e do Brasil.
Antes da deriva continental, a área onde Fortaleza surgiu era contígua à da cidade de Lagos, na Nigéria. O atual litoral das duas cidades surgiu há 150 000 000 de anos, no Jurássico Superior. A evolução geológica provocou o surgimento de grandes dunas no litoral do Brasil. Estudos indicam que os primeiros seres humanos a habitarem esse território podem ter chegado por lá há cerca de 2.000 anos atrás. Até o ano 1.000, aproximadamente, a região era habitada pelos índios tapuias. Nessa época, os mesmos foram expulsos para o interior do continente pelos índios tupis procedentes da Amazônia. É um desses povos tupis o povo indígena mais identificado com o território de Fortaleza: o potiguara, povo de língua tupi retratado por José de Alencar em seu livro “Iracema”.
Antes da colonização portuguesa do Ceará, houve duas passagens de europeus pelo atual litoral de Fortaleza: os navegadores espanhóis Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe desembarcaram nas costas cearenses antes da viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500. Pinzón chegou a um cabo que se acredita ser o Mucuripe e Lepe desembarcou na barra do Rio Ceará, em Fortaleza. Tais descobertas não puderam ser oficializadas devido ao Tratado de Tordesilhas(1494).O início da ocupação do território, onde hoje se encontra Fortaleza, data do ano de 1597/98, quando um ramo da etnia potyguara que habitava a região ao redor do Forte dos Reis Magos migrou e estabeleceu-se na região entre as margens do rio Cocó e rio Ceará, tendo ao fundo as serras de Pacatuba e Maranguape.
A partir de 1603, os portugueses começaram a colonização do Ceará. O português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens, ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa. Porém esta tentativa não vingou frutos devido à seca de 1605 e a "Nova Lisboa" de Pero Coelho foi abandonada. O português Martim Soares Moreno chegou em 1613, recuperando e ampliando o Fortim de São Tiago e rebatizando o novo forte como Fortim de São Sebastião. No ano de 1631, os holandeses tentaram tomar o Forte de São Sebastião, mas esta ação conjunta com os índios potyguara não deu certo. Em 1637, houve a tomada holandesa do forte de São Sebastião, um trabalho conjunto com os indígenas. Em 1644, o Forte São Sebastião foi destruído pelos indígenas. Os holandeses foram mortos ou expulsos.Em 1649, uma nova expedição holandesa no Ceará, expedição antes negociada com os indígenas, construiu, às margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch. Começava, nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início o comandante holandês Matias Beck. Em 1654, com a retirada dos holandeses, o forte foi rebatizado de Forte de Nossa Senhora de Assunção.
Em 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de vila. Em 1799, a Capitania do Ceará foi desmembrada da Capitania de Pernambuco e Fortaleza foi escolhida capital.Durante o Século XIX, Fortaleza consolidou a liderança urbana no Ceará, fortalecida pelo surgimento da cultura do algodão. Com o aumento das navegações diretas com a Europa foi criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Ainda em 1812, Antônio José da Silva Paulet construiu a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, no local do restante do Forte de Nossa Senhora da Assunção. O Passeio Público foi planejado por Silva Paulet em1820. Em 1824 a cidade se agitou com os revolucionários da Confederação do Equador. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passou por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas com a exportação do algodão, sendo executadas diversas obras, tais como a criação doLiceu do Ceará e o Farol do Mucuripe em 1845, Santa Casa de Misericórdia em 1861, Seminário da Prainha em 1864, sistema de abastecimento de água em 1866, Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública em 1870.
Alguns anos depois teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité e do Porto de Fortaleza. Nas décadas de 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que culminaram na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884. O movimento literário Padaria Espiritual, surgido em 1892, foi pioneiro na divulgação de ideias modernas na literatura no Brasil. Outras entidades da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras respectivamente fundadas em 1887 e 1894.No século XX Fortaleza passou por grandes mudanças urbanas, entre melhorias e o êxodo rural, e cresceu muito, chegando ao final da década de 1910 como a sétima cidade em população do Brasil. Em 1909, foi criado o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, organização que Fortaleza sedia até os dias de hoje.
Em 1911, começaram as obras do primeiro sistema de esgoto da capital, projetado por João Felipe, que começou a funcionar em 1927. Entre 1943/1945, a Segunda Guerra Mundialentrou no contexto de Fortaleza, que sediou o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia e duas bases americanas, a Base do Pici e a Base do Cocorote. Em 1954, foi criada a primeira universidade na cidade, a Universidade Federal do Ceará, e o Porto do Mucuripe foi inaugurado. Entre as décadas de 1950 e 1960, a cidade passou por um crescimento econômico que superou os 100 por cento e começou a ocupação de bairros mais distantes do centro. Ao final dos anos 1970, começou a despontar como um polo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Durante a abertura política após o Regime Militar, o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza, e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda.
No final do século XX, as administrações dos prefeitos Juraci Magalhães e Antônio Cambraiarealizaram, na cidade, diversas mudanças estruturais, com a abertura de várias avenidas, uma grande reforma no hospital de primeiros socorros,Instituto Doutor José Frota, a construção do Novo Mercado Central de Fortaleza, a Ponte sobre o Rio Ceará, ligando a capital ao vizinho município de Caucaia e ao litoral oeste do Estado, novos espaços culturais e despontou como um dos principais destinos turísticos do Nordeste e do Brasil.