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Távola discute trabalho multiprofissional na APS

by Igor Cruz last modified 16/04/2014 17:53
Atividade reuniu gestores brasileiros, portugueses e argentinos no 11º Congresso Internacional da Rede Unida

 

Na manhã do dia 13/04, profissionais da saúde de nível internacional estiveram reunidos numa távola, durante o 11º Congresso Internacional da Rede Unida, para debater o trabalho multiprofissional na Atenção primária à Saúde. Entre os participantes estavam a superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará e presidente do 11º Congresso, Ivana Barreto, o ministro da Saúde Pública da Província de Santa Fé, Mário Drisun, e o médico português Henrique Botelho, responsável por introduzir grandes avanços no Sistema público de Saúde de Portugal.

Em sua fala, Ivana Barreto lembrou a complexidade dos sistemas e serviços de saúde em face dos avanços tecnológicos. Outro ponto citado por Ivana diz respeito às mudanças demográficas e do perfil de morbidade e mortalidade. “Este cenário reforça a necessidade de colaborações interprofissionais. Nós precisamos que a medicina adote uma base científica e parâmetros éticos. Essa tensão fragmentada dificulta o entendimento e a colaboração entre profissionais”, ponderou Ivana.

Para a presidente do 11º Congresso, equipes com um formato interprofissional têm um objetivo comum e um processo de decisão compartilhado. “Essas vivências se baseiam na integração de conhecimentos e competências. Na Escola de Saúde Pública do Ceará, por exemplo, nós traçamos um perfil que engloba um planejamento participativo sob a perspectiva da gestão, acolhimento, terapia comunitária, entre outros”, encerrou Ivana.

Já o médico português Henrique Botelho fez um apanhado histórico de como se desenvolveu o sistema de saúde do País. Botelho listou ainda as dificuldades enfrentadas e os entraves do ponto de vista legal para avançar nas mudanças, como a luta contra a mortalidade infantil. “Em 30 anos Portugal reduziu a mortalidade de crianças em 71%. O Relatório Mundial de Saúde apontou Portugal como um dos perfis mais consistentes e tudo isso é fruto de uma reflexão, amadurecimento dos profissionais e uma construção coletiva”, enfatizou Botelho.

O ministro da Saúde Pública da Província de Santa Fé, Mário Drisun, falou sobre os desafios de ordem financeira para viabilizar as ações de atenção primária na Argentina, onde são 23 províncias e o orçamento destinado a cada província é redistribuído às subsecretarias financiadas pelo Estado. Segundo Mário, essa distribuição gera uma dificuldade grande de administração dos recursos. “A nossa missão é desenvolver um sistema integrado, reconhecer a saúde como um direito humano e recuperar a capacidade de intersetorialidade”, explica o Ministro.

Ainda de acordo com o Ministro, algumas leis ultrapassadas ainda vigentes impedem os avanços do sistema de saúde. “Queremos desenvolver uma cultura organizacional, mas para isso é preciso um trabalho bem feito de resgate com a população, construir equipes centrais e formar profissionais que tenham comprometimento com a saúde pública”, finalizou Mário.

Por Washington Nogueira

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